A lua é cheia.
Cheia de convites de transformações, verdades, responsabilidades e emoções.
Cheia da necessidade de fazer contato com camadas mais internas e veladas que trazem o profundo à superfície.
Cheia de falas de maturidade que nos perguntam como ocupamos os lugares que nos propomos a ocupar?! Com que corpo habitamos o nosso mundo e nossa proposta de vida?! Em quais direções desejamos colocar nossa energia construtiva?!
Assumir responsabilidade é assumir autoria, é ser autoridade de si, das próprias escolhas e dos trajetos caminhados, é assumir a liberdade, sem carregar o peso alheio e sem soltar seu peso pra que alguém o carregue por você. Sem esquecer que suas dores são suas e suas vitórias também, e que cabe a você oferecer o que couber a cada uma delas, sejam curas, sejam celebrações.
A lua é cheia. Respire, silencie, preencha-se de você antes de se derramar e se desbordar esperando que alguém te preencha (ou te esvazie).
Reconheça suas bordas. Estabeleça seus limites e novos espaços. Faça contato com seu corpo e com sua respiração. E use primeiro de tudo com você.
A lua é cheia, e seu brilho (visível ou não), estará tão pertinho que será um bom espelho pra alma. Permita-se mirar com coragem. Ninguém melhor do que os seus sentimentos mais aquietados e escondidos pra te contar sobre você.